terça-feira, 18 de abril de 2017

Revolução Francesa


 Revolução Francesa


A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza

quadro de revoluções que tiveram início na América do Norte no ano de 1770, a Revolução Francesa não foi um movimento isolado, mas apenas um dos que envolveram uma ampla revolução que assolou todo o Ocidente, atingindo seu ponto máximo na França. Houveram três fases da Revolução Francesa, que serão explicadas em tópicos a seguir.


       Sistema com característica feudal, miséria, fome.
       Guerra dos 7 anos
       Altos tributos
       Isenção do Clero e nobreza

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

       Assembleia Geral (1788-1791)
       Monarquia Constitucional (1791-1792)
       Convenção Nacional (1792-1795)
       Diretório (1795-1799)


Girondinos e Jacobinos

Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.


A Fase do Terror 


       Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais
       Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.




Primeira fase

Durante a primeira fase, foi fundada a Monarquia Parlamentarista ou Constitucional. A Assembleia Nacional Constituinte, na fase que durou de 1789 a 1792, confiscou os bens do clero francês, que foram usados para superar a crise financeira. O clero começa a reagir, mas a Assembleia determina a Constituição Civil do Clero, tornando-os funcionários do estado e, consequentemente, quaisquer ações de rebeldia seriam punidas com prisão. O rei começa a conspirar com emigrados no exterior para invadir a França e derrubar o governo, restaurando o absolutismo. O monarca foge para a Prússia, mas é reconhecido por camponeses e preso. Começa a indicação para a Constituição de 1791, que seria votada e, se aprovada, estabeleceria que na França prevaleceria a Monarquia Parlamentar – o rei teria limitações diante da atuação do poder legislativo, que seria escolhido por meio de voto censitário. Com isso, o poder continuava dominado por uma pequena parte da população – a alta burguesia. A primeira fase teve fim com a radicalização do movimento revolucionário quando, Robespierre – próximo do povo, pertencente ao partido dos Jacobinos ou Montanheses – e seus seguidores incitaram a população a pegar armas e lutar contra as forças conservadoras e a Assembleia.

Segunda fase

Considerada a fase mais radical, a 2ª fase foi marcada pela tomada do comando da revolução pelos Jacobinos, liderados por Robespierre. Com duração entre os anos de 1792 e 1794/95, essa foi a fase mais popular do movimento. No entanto, antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar a República Girondina, decidindo, devido as tensões do momento, tirar o poder do rei e transferi-lo para si, fazendo com que caísse a monarquia na França.
A Assembleia, no ano de 1792, aprovou a declaração de guerra contra a Áustria, mas a burguesia e a aristocracia tinham razões diferentes para levar a guerra adiante: para aqueles, a guerra seria breve e vitoriosa. Já para estes, seria a esperança do retorno ao velho regime. A aristocracia e o rei traíram o movimento da França revolucionaria, e Luiz XVI e Maria Antonieta foram presos e decapitados como traidores.
Com a queda da República Girondina, os Jacobinos declararam a sua nova república e, junto com ela, a Constituição de 1793. Nela ficou determinado que todos os cidadãos, homens e maiores de idade votarim, a lei do máximo, venda de bens públicos para recompor finanças, reforma agrária, extinção da escravidão negra nas colônias e a criação do tribunal revolucionário.
Nessa fase, aconteceu a Era do Terror, implantada por Robespierre. Durante essa era, ele agiu de modo ditatorial objetivando alcançar um governo democrático, condenando todos os que eram considerados suspeitos à guilhotina. Foi então organizado um Golpe de Estado pelos próprios jacobinos, o golpe “9 do termidor”.

Terceira fase

O golpe de estado conhecido como Reação Termidoriana, organizado pela alta burguesia financeira marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário nessa fase que foi de 1795 a 1815. Foi criado o novo governo denominado Diretório (1795-1799), que tinha aliança com o exército e elaborou a nova constituição. O governo, no entanto, não era respeitado pelas outras camadas sociais, que acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, ou uma espada salvadora que pudesse manter a ordem. Foi quando surgiu Napoleão Bonaparte, general francês popular na época.


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