O Segundo Reinado foi o período que
abrange a entrada de Dom Pedro II no poder.
Desde os anos 1840 a 1889, quando a
família imperial é exilada do país e inicia no Brasil um novo período , a
República.
Os partidos políticos
da época se alternavam entre Liberal e Conservador, sem grandes diferenças
ideológicas, acabavam alternando-se no poder, um partido elitista, sustentando
o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
O governo de Dom Pedro II tem um período
de permanência de 49 anos.
Nesse momento da
história os partidos políticos dos conservadores e liberais se alternar no
poder, porém sem muita mudança significativa entre eles.
O parlamentarismo
brasileiro praticado durante o Segundo Reinado foi permeado pela chamada
“política de conciliação”, isto é, um tipo de política que objetivava o acordo
político entre as partes supostamente conflitantes (liberais e conservadores).
A ultima da revoltas do período regencial
a terminar vai ser a Revolução da Farroupilha, que com a chegada de Duque de
Caxias na região, encaminhado pelo imperador, vai negociar o fim dessa
rebelião.
O através do Tratado de Poncho
Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.
Revolução Praieira
Um dos acontecimentos internos mais
significativo vai ser a Revolução Praieira, que apesar das tropas imperiais
colocar fim, vai levar o povo a ter um momento de revolta contra o governo .
Essa revolta vai acontecer em Pernambuco
entre os anos 1848 e 1850, ganhou o nome de Praieira, pois o jornal que iniciou
o movimento através de seus protestos impressos se localizava na rua da praia,
foi uma revolta liberal e federalista.
Guerra do Paraguai
Um dos conflitos externos mais marcante e
maior da América do Sul, foi a Guerra do Paraguai, conhecida também como Tríplice
Aliança.
Onde
Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o Paraguai, que queria anexar e
aumentar seu poder.
Durou entre os anos de 1864 e 1870 e
levou o Paraguai a derrota e a ruína.
Após a Guerra do Paraguai, o Exército
Brasileiro ganhou novos ares ao sair vencedor dos conflitos e estabelecer uma
hierarquia mais bem organizada. Paralelamente, o Império assegurava o acesso de
importantes territórios através da navegação da Bacia do Prata.
Em contrapartida, o país ampliou as suas
dívidas e abriu espaço para que republicanos e abolicionistas ganhassem maior
espaço político no desenvolvimento da oposição à monarquia.
A Guerra levou ao fortalecimento do
exército, a participação de escravos na luta, o endividamento do Brasil e o
abalo da opinião pública levaram a uma crise do Império, tendo como efeitos
mais imediatos a criação do “Partido Republicano” e a aprovação da “Lei do Ventre
Livre”.
Características marcantes:
- Após a vitória sobre
o Paraguai, o Exército brasileiro ficou fortalecido, e a monarquia, enfraquecida.
- A guerra impôs ao Paraguai uma forte retração
demográfica.
- O Exército brasileiro precisou formar o corpo
de "Voluntários da Pátria" para a Guerra do Paraguai.
- O então presidente da Argentina,
Bartolomeu Mitre, apoiou a intervenção brasileira no Uruguai.
- Sob o comando do ditador Solano Lopez, o
país viva um tempo de prosperidade e modernização de sua economia. Após o
conflito, cerca de 80% da população economicamente ativa foi dizimada. Durante
várias décadas seguintes, o país enfrentou sérias dificuldades financeiras.
-
- Após essa guerra a nação brasileira vai
acabar passando por um momento de transição que ideais republicanos será um dos
fatores determinantes para a queda do Império.
- A insatisfação de uma parte considerável
do oficialato militar com o Gabinete Imperial de D. Pedro II. Militares como
Benjamin Constant insuflavam outros militares a se posicionar contra o Império,
ressaltando o descaso com que o Exército era tratado – Exército esse que ajudou
a garantir a própria estabilidade do Império.
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-guerra-paraguai.htm#questao-4
Ciclo do Café
O conhecido ciclo do café tem sua origem
no século XVIII, porém no século XIX, onde o café tornou-se o principal produto
exportador do Brasil, também um dos principais consumo interno.
Os conhecidos Barões do café ,
fazendeiros e grandes latifundiários brasileiros, conseguiram fazer fortuna
nesse período.
Foi nesse contexto e com a chegada
das leis que favoreciam os negros, para o fim da escravidão ( com a pressão da
Inglaterra para a abolição) que os imigrantes acabaram tendo uma entrada forte
no Brasil.
A Europa vivia uma crise com o pensamento
e ações nacionalistas, através das unificações, os imigrantes e principalmente
os italianos eram contratados para trabalhar de forma assalariada nas fazendas.
A decretação do Bill
Aberdeen, na verdade, dificultou o tráfico escravista, exercendo influência
direta no tráfico de escravos.
Imigrantes
Os fazendeiros em busca de mão de obra
para as colheitas de café custeavam os gastos da passagem do imigrante europeu
até o Brasil. Ao chegar à fazenda para trabalhar, o imigrante recebia um pedaço
de terra para plantar, mas deveria dividir o lucro obtido na colheita com o
fazendeiro. No decorrer da produção, os trabalhadores europeus compravam
roupas, alimentos e remédios vendidos pelos donos das terras que cobravam as
despesas ao final da colheita. Desse modo, o imigrante ficava endividado ao
ponto de não receber nenhuma remuneração pelo trabalho realizado na fazenda,
pois os barões do café cobravam preços exorbitantes sobre os produtos
fornecidos e o lucro dos trabalhadores europeus não era suficiente para pagar
as contas.
Lei de Terras:
A Lei de Terras criada em 1850 determinou
que as terras fossem adquiridas por meio da compra e não mais por meio da posse
como era feito até então. É importante lembrar que nesse momento da
história surgiram leis abolicionistas que promoveram o fim do comércio de
escravos africanos para o Brasil. A alternativa encontrada foi a utilização do
trabalho livre dos imigrantes europeus que vieram em grande quantidade para
trabalhar nas lavouras de café. Os grandes fazendeiros receando que esses
trabalhadores adquirissem terras e promovessem uma concorrência econômica,
criaram estrategicamente a Lei de Terras. Ao atribuir alto valor às terras,
somente os ricos latifundiários teriam condições de comprá-las
A engenharia social com a vinda de
imigrantes europeus foi uma estratégia dos intelectuais brasileiros de
reproduzirem um modelo de sociedade parecido com o da Europa. A elite
brasileira negava o caráter miscigenado da população, formada em grande parte
por pessoas negras e mulatas que representavam o lado “negativo” do povo
brasileiro. Desse modo, incentivando o fluxo imigratório, eles acreditavam que
o Brasil passaria por um processo de “branqueamento”, aproximando-se
mais do estilo social europeu.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiróz (1850):
extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou
livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava
liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela
Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Crise no Império
A crise do 2º Reinado teve início já no
começo da década de 1880, porém o pensamento de uma república fica mais intenso
no final da Guerra do Paraguai, agora com um exercito mais fortalecido e descontentes
com a política de Dom Pedro II.
- A intolerância religiosa e a
interferência de Dom Pedro nessa questão, pois a elite acabou tendo uma forte
relação com a maçonaria. Vale lembrar que o Brasil ainda era um país católico.
- Descontentamento do exército brasileiro
com a monarquia.
- A classe média agora deseja uma maior
participação com as questões políticas do Brasil.
- Fazendeiro insatisfeitos com a abolição e
a dificuldade de encontrar mão de obra.
Chegando assim em 15 de novembro de
1889, com Marechal Deodoro da Fonseca, apoiado pelos republicanos, destituiu o
Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca
assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo
provisório.
No
dia 18 de novembro, Dom Pedro II e sua família foram exilados, encaminhados
para a Europa. .