quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Segundo Reinado




Segundo Reinado

O Segundo Reinado foi o  período que abrange a entrada de Dom Pedro II no poder.
Desde os anos 1840 a 1889, quando a família imperial é exilada do país e inicia no Brasil um novo período , a República.
Os partidos políticos da época se alternavam entre Liberal e Conservador, sem grandes diferenças ideológicas, acabavam alternando-se no poder, um partido elitista, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
O governo de Dom Pedro II tem um período de permanência de 49 anos.
Nesse momento da história os partidos políticos dos conservadores e liberais se alternar no poder, porém sem muita mudança significativa entre eles.
O parlamentarismo brasileiro praticado durante o Segundo Reinado foi permeado pela chamada “política de conciliação”, isto é, um tipo de política que objetivava o acordo político entre as partes supostamente conflitantes (liberais e conservadores).

A ultima da revoltas do período regencial a terminar vai ser a Revolução da Farroupilha, que com a chegada de Duque de Caxias na região, encaminhado pelo imperador, vai negociar o fim dessa rebelião.
O  através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.

Revolução Praieira

Um dos acontecimentos internos mais significativo vai ser a Revolução Praieira, que apesar das tropas imperiais colocar fim, vai levar o povo a ter um momento de revolta contra o governo .
Essa revolta vai acontecer em Pernambuco entre os anos 1848 e 1850, ganhou o nome de Praieira, pois o jornal que iniciou o movimento através de seus protestos impressos se localizava na rua da praia, foi uma revolta liberal e federalista.

Guerra do Paraguai

Um dos conflitos externos mais marcante e maior da América do Sul, foi a Guerra do Paraguai, conhecida também como Tríplice Aliança.
 Onde Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o Paraguai, que queria anexar e aumentar seu poder.
Durou entre os anos de 1864 e 1870 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.
Após a Guerra do Paraguai, o Exército Brasileiro ganhou novos ares ao sair vencedor dos conflitos e estabelecer uma hierarquia mais bem organizada. Paralelamente, o Império assegurava o acesso de importantes territórios através da navegação da Bacia do Prata.
Em contrapartida, o país ampliou as suas dívidas e abriu espaço para que republicanos e abolicionistas ganhassem maior espaço político no desenvolvimento da oposição à monarquia.

A Guerra levou ao fortalecimento do exército, a participação de escravos na luta, o endividamento do Brasil e o abalo da opinião pública levaram a uma crise do Império, tendo como efeitos mais imediatos a criação do “Partido Republicano” e a aprovação da “Lei do Ventre Livre”.

Características marcantes:

  • Após a vitória sobre o Paraguai, o Exército brasileiro ficou fortalecido, e a monarquia, enfraquecida.
  •  A guerra impôs ao Paraguai uma forte retração demográfica.
  •  O Exército brasileiro precisou formar o corpo de "Voluntários da Pátria" para a Guerra do Paraguai.
  • O então presidente da Argentina, Bartolomeu Mitre, apoiou a intervenção brasileira no Uruguai.
  • Sob o comando do ditador Solano Lopez, o país viva um tempo de prosperidade e modernização de sua economia. Após o conflito, cerca de 80% da população economicamente ativa foi dizimada. Durante várias décadas seguintes, o país enfrentou sérias dificuldades financeiras.
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  • Após essa guerra a nação brasileira vai acabar passando por um momento de transição que ideais republicanos será um dos fatores determinantes para a queda do Império.
  • A insatisfação de uma parte considerável do oficialato militar com o Gabinete Imperial de D. Pedro II. Militares como Benjamin Constant insuflavam outros militares a se posicionar contra o Império, ressaltando o descaso com que o Exército era tratado – Exército esse que ajudou a garantir a própria estabilidade do Império.

http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-guerra-paraguai.htm#questao-4

 Ciclo do Café

O conhecido ciclo do café tem sua origem no século XVIII, porém no século XIX, onde o café tornou-se o principal produto exportador do Brasil, também um dos principais consumo interno.

Os conhecidos Barões do café , fazendeiros e grandes latifundiários brasileiros, conseguiram fazer fortuna nesse período.
 Foi nesse contexto e com a chegada das leis que favoreciam os negros, para o fim da escravidão ( com a pressão da Inglaterra para a abolição) que os imigrantes acabaram tendo uma entrada forte no Brasil.
A Europa vivia uma crise com o pensamento e ações nacionalistas, através das unificações, os imigrantes e principalmente os italianos eram contratados para trabalhar de forma assalariada nas fazendas.
A decretação do Bill Aberdeen, na verdade, dificultou o tráfico escravista, exercendo influência direta no tráfico de escravos.

 Imigrantes

Os fazendeiros em busca de mão de obra para as colheitas de café custeavam os gastos da passagem do imigrante europeu até o Brasil. Ao chegar à fazenda para trabalhar, o imigrante recebia um pedaço de terra para plantar, mas deveria dividir o lucro obtido na colheita com o fazendeiro. No decorrer da produção, os trabalhadores europeus compravam roupas, alimentos e remédios vendidos pelos donos das terras que cobravam as despesas ao final da colheita. Desse modo, o imigrante ficava endividado ao ponto de não receber nenhuma remuneração pelo trabalho realizado na fazenda, pois os barões do café cobravam preços exorbitantes sobre os produtos fornecidos e o lucro dos trabalhadores europeus não era suficiente para pagar as contas.

Lei de Terras:
 

A Lei de Terras criada em 1850 determinou que as terras fossem adquiridas por meio da compra e não mais por meio da posse como era feito até então.  É importante lembrar que nesse momento da história surgiram leis abolicionistas que promoveram o fim do comércio de escravos africanos para o Brasil. A alternativa encontrada foi a utilização do trabalho livre dos imigrantes europeus que vieram em grande quantidade para trabalhar nas lavouras de café. Os grandes fazendeiros receando que esses trabalhadores adquirissem terras e promovessem uma concorrência econômica, criaram estrategicamente a Lei de Terras. Ao atribuir alto valor às terras, somente os ricos latifundiários teriam condições de comprá-las

A engenharia social com a vinda de imigrantes europeus foi uma estratégia dos intelectuais brasileiros de reproduzirem um modelo de sociedade parecido com o da Europa. A elite brasileira negava o caráter miscigenado da população, formada em grande parte por pessoas negras e mulatas que representavam o lado “negativo” do povo brasileiro. Desse modo, incentivando o fluxo imigratório, eles acreditavam que o Brasil passaria por um processo de “branqueamento”, aproximando-se mais do estilo social europeu.

Questão abolicionista


- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.



 Crise no Império

A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880, porém o pensamento de uma república fica mais intenso no final da Guerra do Paraguai, agora com um exercito mais fortalecido e descontentes com a política de Dom Pedro II.

  • A intolerância religiosa e a interferência de Dom Pedro nessa questão, pois a elite acabou tendo uma forte relação com a maçonaria. Vale lembrar que o Brasil ainda era um país católico.
  • Descontentamento do exército brasileiro com a monarquia. 
  • A classe média agora deseja uma maior participação com as questões políticas do Brasil.
  • Fazendeiro insatisfeitos com a abolição e a dificuldade de encontrar mão de obra.



Chegando assim em  15 de novembro de 1889, com Marechal Deodoro da Fonseca, apoiado pelos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

No dia 18 de novembro, Dom Pedro II e sua família foram exilados, encaminhados para  a Europa. .

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