A República da espada
O período republicano do
Brasil que se entende de 1889 á 1894 é conhecido como República da Espada.
Durante este período os
governantes do Brasil foram os marechais Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca.
E mesmo eles sendo militares, o Exército brasileiro não tinha domínio sobre o
País, tinham apenas o dever de fortalecer os estabelecimentos republicanos, e
condicionar as lideranças politicas civis, que representavam as classes
dominantes para assumirem o poder.
Constituição de 1891
- Foi elaborada por uma Assembleia Constituinte.
- Estabeleceu como forma de governo a República; como sistema de governo o Presidencialismo.
- Sofreu forte influência dos Estados Unidos. O País passou a chamar-se República dos Estados Unidos do Brasil.
- Transformou o Brasil em federação composta de 20 estados autônomos.
- Impôs o voto universal (direto) e descoberto (aberto) para todos os cidadãos maiores de 21 anos. Não podiam votar analfabetos, mulheres, mendigos, praças de pré e religiosos de ordem monástica.
- Adotou a divisão em três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
- promoveu a separação entre a igreja católica e o Estado.
Observação – O presidente da
República era eleito para um mandato de 4 anos, vedada a reeleição.
República Oligárquica ou republicado Coronéis
Em 1894 inicia-se um novo
período administrativo no Brasil. Prudente de Moraes assume a Presidência da
República e a política aplicada era baseada na existência das oligarquias
estaduais.
As oligarquias mais influentes
com o governo eram a de Minas Gerais e a de São Paulo, controlando assim o
Governo Federal.
Essa política foi conhecida
também como “Republica café com leite” em que os dois estados citados revezavam
o poder. São Paulo era um estado muito rico e importante para o cultivo do
café, já Minas Gerais era um dos maiores estados produtores de leite e que
tinha o maior “curral eleitoral”. Esta política marcou toda a República Velha,
alternando os Presidentes mineiros e paulistas.
Durante o governo de Campos
Sales (1898-1902) efetivou-se o que marcou a República Oligárquica: a política
dos governadores. Esta política baseava-se nos acordos e alianças entre o
Presidente da República e os governadores de Estado. Funcionava como uma troca
de favores. Os governadores apoiavam os candidatos ao Governo Federal e em
troca o governo eleito nunca interferia nas eleições estaduais.
O Coronelismo
As eleições na república das
oligarquias. Um personagem fundamental para entendermos essa aliança é o “coronelismo”.
Este título foi criado ainda na Monarquia. Porém com a República eles
continuaram com grande prestígio social, político e econômico. Exerciam um
poder enorme em suas localidades e exerciam também certa pressão sobre a
população. Um exemplo disso é que nas proximidades das suas propriedades o
Coronel controlava todos os votos eleitorais à seu favor. Esses locais ficaram
conhecidos como “currais eleitorais”.
Em ano de eleição, todos os
“afilhados” políticos do Coronel votavam no candidato que o “padrinho” apoiava.
Esse controle de votos ficou conhecido como “voto de cabresto”, que se tornou
frequente em toda Primeira República e foi, justamente, o que manteve as
repúblicas oligárquicas no poder.
Conclusão
Podemos perceber que a
economia rural era de fundamental importância para o Brasil, principalmente a
produção do café.
Tenentista
O movimento Tenentista era constituído por
jovens tenentes do exército que, apesar de serem conservadores, lutaram contra
a política das oligarquias. O motivo mais coerente para essa luta foi que
durante a Primeira República os militares brasileiros estavam desvalorizados e
sem poder político, longe da época da república das espadas em que os primeiros
presidentes eleitos eram de origem militar. Portanto, eles defendiam além do
fim das oligarquias (coronelismo); o fim do voto de cabresto; e uma reforma no
sistema educacional do país.
18 Do Forte de Copacabana
A Revolta dos 18 do forte de
Copacabana aconteceu no Rio de Janeiro em 5 de Julho de 1922 e a Revolta Paulista
aconteceu justamente no aniversário de dois anos da primeira revolta, em 5 de
Julho de 1924. Foram motivadas pela luta do movimento tenentista contra as
oligarquias nacionais que assolavam o país em miséria. Além dessas revoltas,
destacou-se também a Coluna Prestes, que percorreu por dozes estados
brasileiros fazendo propaganda contra as desigualdades sociais no Brasil.
Política café com Leite
A política do Café-com-leite
representou o grande predomínio político das oligarquias dos Estados de São Paulo
e Minas Gerais no cenário nacional. Os paulistas, no fim do séc. XIX e início
do XX, vivenciaram um grande desenvolvimento urbano provocado pela economia
cafeeira, ao passo que os mineiros eram fortes na produção de leite. Sendo,
portanto, os dois estados mais fortes e populosos do Brasil, paulistas e
mineiros revezaram-se na presidência por décadas até a Revolução de 1930, que
rompeu com o acordo do café-com-leite.
Revolução 1930
A Revolução de 1930
representou o fim da política oligárquica entre Minas Gerais e São Paulo. Esses
dois estados entraram em rota de colisão durante o governo de Washington Luís
(1926 -1930), que representava os paulistas. Como o atual presidente era do
Estado de São Paulo, o próximo, segundo a política de café-com-leite, teria que
ser representado pelos mineiros. Porém, os oligárquicas paulistas romperam com
o acordo e lançaram o candidato Júlio Prestes para concorrer nas eleições de
1930. Com o fim do acordo, Minas Gerais aliou-se a outros estados, como Rio
Grande do Sul e Paraíba, e lançou a candidatura do gaúcho Getúlio Vargas. São
Paulo, por possuir mais poder econômico e político, conseguiu vencer as
eleições. Porém, em 24 de Outubro de 1930, antes de o novo presidente assumir o
seu posto, os partidos ligados aos mineiros, gaúchos e paraibanos conseguiram,
juntamente com o apoio de militares, aplicar o golpe de Estado, tirando o então
presidente Washington Luís do cargo, que foi ocupado de maneira não
constitucional pelo político Getúlio Vargas.
fonte:http://www.coladaweb.com e http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/
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